Decidimos por um safari diferente do que o tradicional Kruger Park na Africa do Sul (que também é excepcional). Como as crianças já estavam grandes decidimos então por Botswana.
Em Botswana é possível fazer dois tipos de safari, o de barco, no Okavango Delta e de jipe 4×4 no Chobe National Park.
Primeiramente vamos falar do Okavango Delta, que foi o primeiro que fizemos.
Antes de entrarmos no Okavango Delta vale lembrar que para fazer esses safaris voce não pode ter medo nenhum de avião pequeno. Quando digo pequeno, é pequeno mesmo, de 6 lugares. Para ir de um camp para o outro, somente de aviãozinho pequeno. Eu mesma morro de medo de avião mas como minha vontade de viajar é muito maior, encaro qualquer teco teco!
E o aviãozinho desce na pista do Hotel.
Ficamos no Hotel do grupo Belmond chamado Eagle Island Camp. Incrível! Nossos quartos eram cabanas lindas com varanda e se voce precisar sair no meio da noite tem que chamar o ranger para te acompanhar pois os animais ficam soltos em volta.
Durante a noite era possível escutar os bichos andando em volta do nosso quarto. Mas a diversão fica no dia seguinte de manhã quando podemos ver as pegadas dos bichos que ficaram em nossa volta enquanto dormíamos.
Entre um safari e outro o legal é ficar na varanda observando os elefantes passeando e tomando banho bem na nossa frente. Você sabia que quando um elefante sai em busca de água, uma manada de elefantes pode derrubar todas as Árvores e obstáculos que estejam à sua frente? Esses tratores do reino animal possuem uma força extraordinária. Se não conseguem quebrar um galho, simplesmente arrancam a árvore inteira.
Agora vamos falar sobre o rio Okavango. Diferente da maioria dos canais hídricos, ele desemboca em um deserto – e o faz de um modo especial: a cada temporada de chuva, despeja 11 quilômetros cúbicos de água no gigantesco deserto de Kalahari, de quase 1 milhão de quilômetros quadrados, que abrange partes de Angola, da Namíbia e, principalmente, de Botwana, no sul da África, transformando uma área árida em um delta verde e luxuriante, capaz de atrair milhões de animais.
Como disse, essa é uma região de alagados e por isso nosso safari era sempre de barco. Era como se fossem ruas alagadas no meio de matos bem alto. O caminho muitas vezes era bem estreito, com uma vegetação alta impossibilitando de ver se vem algum barco no sentido contrario e por isso a cautela é muito importante.
No caminho observamos muitos elefantes, crocodilos, hipopótamos, pássaros que até parecem não estarem preocupados com a nossa presença por la! Mas foi o crocodilo que me chamou atenção hoje pois ele estava bem pertinho do barco.
A principal arma do crocodilo é sua poderosa mandíbula recheada de dentes (podem chegar a 80). Uma bocada de um destes animais pode chegar à incrível marca de 1.5 toneladas. Para se ter uma idéia da força da mordida, seria o mesmo que colocar um objeto de uma tonelada sobre o seu braço com algo afiado entre a pele e o objeto.
Cruzar com locais indo de um lado para o outro em suas canoas é algo bem comum por la, afinal o barco é o único meio de transporte para ir de um lado para o outro.
A tarde fizemos o Safari de Helicóptero! In-cri-vel! Ficamos procurando os bichos do alto e de lá vimos girafas, elefantes, hipopótamos, zebras, etc! Não é possível fazer voos muito baixo pois os animais podem se assustar com o barulho e então se estressar.
Assim como vimos uma vista linda com os animais passeando por seu habitat, também vimos uma queimada, muitas vezes causada por humanos. Que judiação!
Como gosto muito de ver a cultura local, fomos visitar um vilarejo dos nativos. Todas as casinhas são feitas de barro, tudo muito seco e zebras circulando por entre as casas. Sempre muito caprichado, com cercadinhos e até um bar feito de latinhas de refrigerante e barro.
E lá vem os locais curiosos, principalmente as crianças… querem te tocar, pegar na sua mão, conversar, te abraçar. Uma delicia esse contato! Recomendo a todos e eles agradecem! Cada sorriso deles fazia com que meu coração batesse mais forte.
Mais um dia começa e lá vamos nós fazer um safari de Mocoro. Mocoro é uma canoa feita de madeira pelos locais. Um passeio bem tranquilo, divertido e com uma paisagem maravilhosa!!!
Tudo estava bem até chegarmos próximos a uma elefanta gravida. Ela se e assustou com a gente e nós, mais ainda com ela, pois ela veio para cima de nós para nos assustar. Os guias dizem que não, mas senti que eles ficaram bem preocupados… kkkk. O elefante africano, porém, é um animal pacífico que nunca ataca, a menos que se sinta em perigo, o que aconteceu com a gente! Afff…
Mas não eram os elefantes o animal que mais nos assustava. Lá estava cheio de hipopótamos, o animal que mais mata seres humanos no mundo. Pesando ao redor de 8 toneladas, os hipopotamos são muito agressivos e mal-humorados.
Quando faz bom tempo, aparecem nos lagos e rios com um jatos de vapor de meio metro de altura, acompanhados de um ruído sibilante. De repente aparecem na superfície seis pequenas saliências: duas orelhas redondas, dois olhos brilhantes e duas grandes narinas abertas, ou seja, tudo que aparece do corpo de um hipopótamo que subiu à tona para respirar. Então os olhos e as narinas se fecham e tudo desaparece silenciosamente sob as águas.
Encerramos nossa visita ao Okavango Delta com mais um por do sol incrível. É mesmo tudo aquilo que vemos em revistas quando falam sobre a África, parece até que o sol está pintado de vermelho e descendo logo ali após aquela arvore!
Partimos para o Parque Nacional de Chobe, naquele aviãozinho pequeno que mencionei no começo da matéria! Kkkk
Ufa! Chegamos em Chobe e agora falaremos sobre o Parque Nacional de Chobe. O Parque Nacional Chobe está localizado no extremo nordeste da Botsuana e recebe um suprimento constante de água do seu homônimo, o rio Chobe. O parque abrange uma extensão de 11.700 quilômetros quadrados, sendo a maioria dos quais impenetrável. No entanto, o rio transforma a parte setentrional da antiga região de safári em um paraíso verde.
As regiões próximas do rio são famosas por sua densa população de vida selvagem, mas ainda mais pela maior concentração de elefantes encontrada em nenhum outro lugar da Terra.
É muito normal vermos um elefante se enrolar na lama. Isso acontece pois para se livrar de parasitas que se introduzem sob sua pele, ele rola na lama e polvilha-se de poeira antes de deitar-se ao sol.
Além da quantidade de elefantes, Chobe é muito conhecida pela migração das Zebras que acontecem nos meses de Fevereiro e Outubro.
A zebra é uma presa muito fácil O que a salva não é só a velocidade, que às vezes atinge 60 quilômetros por hora, mas também as listras brancas e pretas que tornam difícil distinguir sua silhueta enquanto corre. À noite, sua pele listrada confunde-se com as sombras da vegetação, ajudando-a a escapar dos leões.
Lá ficamos em mais um Hotel Belmond, o Savute Camp Site. Como sempre, fomos muito bem recebidos e o Hotel é incrível!!!! Era uma delicia voltar dos safaris e ficar na piscina olhando os elefantes passarem bem perto.
Totalmente diferente do Okavango Delta, aqui há lugares bem seco, com poucos alagados com uma paisagem totalmente diferente (por isso escolhemos a Botswana, por ter safaris tão distintos) onde somente o jipe 4×4 te leva para fazer os safaris.
Um dos safaris é a procura do leão. Quando o achamos, o jipe fica em um silencio profundo onde o coração pula com uma mistura de encantamento com o medo! E o rei da selva fica ali, bem pertinho, até parece pousar para as milhões de fotografias.
O lesão é um animal carnívoro. Alimenta-se principalmente de zebras, veados, antílopes e girafas. Em média, uma fêmea precisa de 5 kg de carne por dia e um macho de 7 kg. Mas, na natureza, a caça tem um ritmo irregular e por vezes acontece deles ficarem sem comer durante dois ou três dias. Quando a caça é farta, são capazes de ingerir 20-30 kg de carne de uma só vez.
Diz-se que o rugido do leão é o mais aterrador e o mais grandioso dos sons dos animais selvagens. Em condições favoráveis, este rugido, que se propaga em sons fortes, roucos e violentos, pode ser ouvido a 8-9 km de distância. O leão ruge mais freqüentemente ao anoitecer, para avisar aos outros que o território está ocupado.
Outro safari foi a procura das girafas. Apesar de muito altas, não é tão fácil acha-las. Mas essas são bem curiosas, quando percebem movimento, te olham… e fogem!
Apesar do seu longo pescoço longo, a girafa possui o mesmo número de vértebras que o camundongo ou o homem. É assim tão alta por causa do alongamento de cada um dos ossos do pescoço e das pernas. Essa grande altura permite-lhe alimentar-se das folhas mais altas e mais tenras das árvores, especialmente da acácia.
Há porém, algumas desvantagens. Para beber agua, a girafa deve abrir bastante as pernas e penosamente abaixar o pescoço de forma que sua boca possa alcançar a água. Essa é uma posição incômoda e instável que deixa a girafa indefesa contra o leão. A organização do grupo é que resolve esse problema: algumas ficam de guarda enquanto outras bebem.
E o Leopardo, que não se incomodou nem um pouco quando nos aproximamos com o jipe… ele descansava em cima da arvore, acordou um pouco, nos olhou, e voltou a dormir.
O leopardo é um animal cruel, mas belo. Seu caminhar ondulante, seus movimentos graciosos e um olhar estranho são fascinantes. As presas enormes na boca aberta aterrorizam. Quando invade uma zona habitada, espalha o terror, atacando pessoas e o gado.
E olha quem mais apareceu por lá! O Pumba… ou melhor, o Javali. Eita bicho feio! Kkkk. Bem diferente do porco doméstico, o javali adora cuidar de sua higiene, apreciando muito os banhos de água e do lodo encontrado nas margens dos rios, dos quais se utiliza para manter sua pele sempre limpa e livre de parasita.
Para chegarmos até as bilhões de garças, tivemos que atravessar um pequeno rio com o jipe, o que foi uma aventura!
E realmente valeu a pena pois olha a paisagem que maravilhosa!!!! Tudo isso branco que você vê na foto são as garças! Impressionante a quantidade!
O Savuti Park tambem é famoso pelas pinturas históricas de San Rock na Gubatsa Hills. Artefatos que datam do final das Idades da Pedra e do Ferro. As pinturas são bastante fracas em tons de vermelho, laranja, marrom e preto, mas surpreendentemente nenhuma tinta branca foi usada como em outros locais da Idade do Ferro.
Na Africa tem a famosa arvore Baobá com 150 anos. Ela tem o tronco mais grosso do mundo! Seu caule oco chega a medir mais de 20 metros de diâmetro e pode armazenar até 120 mil litros de água e infelizmente a espécie está ameaçada de extinção.
Os baobás também são considerados por alguns biólogos como as árvores mais antigas da Terra. Estima-se que elas possam atingir até dois mil anos de existência, calculados pelo seu diâmetro.
E aqui, com mais este por do sol, encerramos nossa viagem para Botswana. Mas lembre que para ir até a Africa não é algo muito simples. Muitos detalhes, como voos internos, transfers, hotelaria, passeios, vistos, etc é muito importante para o sucesso de sua viagem! Além é lógico da vacina amarela, obrigatória.