Luang Prabang é uma cidade pequena, charmosa e simplesmente deliciosa. Uma das principais (apesar de não ser a capital) onde o turismo cresce a cada ano. Considerada Patrimônio Cultural da Humanidade pela UNESCO, a cidade de 16 mil habitantes ostentou, até 1975, o título de capital real.
É possível perceber que ela tem uma grande influencia francesa pois ela já foi colonizada pela França.
Luang Prabang está situada entre os rios Mekong e Khan e é a mais bela cidade do Laos, com poucas concessões ao estilo do século 20, parece até ter parado no tempo.
Essa viagem é muito mais que visitar museus e lugares de guerra, é a oportunidade de acompanhar bem de perto os costumes de sua população que são bem fortes. Diferente de todas as cidades da Asia que tambem são budista, Luang Prabang é a mais budista de toda da região onde a população realmente participa de fato das cerimonias budistas.
A Ronda das Almas foi uma das primeiras atividades que fizemos. Acordamos as 5:00 da manhã para alimentar os monges budistas (sempre junto com os primeiros raios do sol). É na Rua Sisavangvong (rua do Amantaka), onde acontece o Tak Bat, a “Cerimônia das Almas” ha mais de 100 anos.
Depois de terminarem de meditar, os monges se enfileiram para receber a oferenda que será a única refeição do dia. A comida é oferecida por pessoas que ficam ajoelhados ao longo da calçada enquanto os monges passam. Após o meio dia, os monges não podem comer mais e por isso essa cerimonia é realmente muito especial.
Ver o sol nascer e participar deste cerimonial me conectou à comunidade e me deu muita paz pois é possível sentir de fato que aquelas pessoas estão ali por que é realmente a crença deles e elas estarão lá faça chuva ou faça sol, independente da influencia do turismo.
Existem algumas regras para que os turistas não invadam ou distorçam o ritual: Todos devem usar roupas modestas (ombros, peito e pernas cobertas) e usar um lenço sob o ombro esquerdo. Ajoelhados ou em pé (sempre descalços) e em silêncio, porções de arroz são servidas para cada monge. Durante o ritual não se deve tocar nem fotografar. Se você não está participando, não chegue muito perto nem fotografe de perto. Não use flash.
Outro passeio inesquecível foi visitar Kuang Si. A 30km de Luang Prabang, um cenário paradisíaco com cachoeiras de águas na cor azul-turquesa caindo sobre rochas calcárias claras e muito verde ao redor, digno de cartão postal.
A cachoeira principal tem cerca de 60m de altura e subindo por uma trilha, pequena porém íngreme, por mais 20 minutos você poderá ver a cachoeira lá do topo. Na parte de baixo há passarelas pra circular entre as piscinas naturais e é possível nadar em algumas delas, por isso lembre de levar o seu maiô!!!
O melhor horário pra visitar o parque é na parte da manhã, por ter menos turistas, mas a tarde também dá pra aproveitar, ainda mais se você quiser se refrescar nas belíssimas piscinas geladas!
Além disso, na região da cachoeira há um centro de resgate de ursos conhecido como Free the Bears (“Liberte os Ursos”, na tradução literal). Atualmente, 23 belos ursos-negros-asiáticos vivem no local, sendo que a maioria chegou ao centro ainda pequeno, resgatado pelo governo local da caça e do comércio ilegal. A área onde os animais vivem é enorme e cheia de árvores. De algumas plataformas que circundam o centro é possível “assistir” às peripécias dos animais, além de, é claro, conhecer cada detalhe do belíssimo trabalho desenvolvido pela organização.
Tad Sae Falls é uma outra cachoeira um pouco menor que Kuang Si, mas tão bonita quanto. Ela exibe uma beleza especial com cachoeiras lindas com agua azul turquesa. Neste local é possível andar de elefante dentro das águas claras, alimentá-los com bananas e até “nadar” na cachoeira. Os elefantes, na cultura asiática, são símbolos de sabedoria e por isso devem ser muito bem tratados. Consulte sempre onde se divertir com os elefantes para não cooperar com mal tratos de elefantes.
No caminho para Kuang Si, paramos em uma pequena vila chamada Ban Ou Village para conhecer como ela funciona. Impressionante como é organizada! Mas o que me chamou a atenção foram as crianças! Tenho uma fascinação em fotografar crianças e quando vi, me deparei com uma encantadora menina que brincava com sua amiga. Me apaixonei e fiquei ali, fotografando e confesso que não escutei muito as explicações do guia… kkk
A noite tem o Mercado Noturno, uma feira noturna com produtos característicos da região. Na principal rua da cidade são vendidos muitos suvenires como roupas, acessórios, artesanato local, além de deliciosos petiscos e pratos da gastronomia local, em uma parte exclusivamente dedicada às delícias do país.
Eu deixei para comprar minhas lembranças na volta e acabei ficando sem pois começou a chover e todos se foram! Snif!!!! Além da chuva, é muito importante saber que no Laos a vida começa muito cedo mas termina muito cedo também. Você não vai encontrar restaurantes e muito menos balada depois das 10hrs.
O Mercado Noturno funciona diariamente, das 17h às 22h, ao longo da rua Sisavangvong (que fica fechada só para pedestres). Mesmo que você não tenha a intenção de comprar, vale a pena explorar a área para conhecer mais da cultura e dos costumes do Laos. Nesta mesma rua, também estão os melhores restaurantes da cidade.
Fizemos um passeio de barco pelas aguas marrons do rio Mekong com um barco privado do Hotel Amantaka (incrível) com drinques e petiscos a bordo! Uma maneira bem gostosa de ver os costumes das pessoas que tomam banho no rio e ver o por do sol.
Ha outros passeios de barcos também. Caso você queira prolongar um pouco mais esse passeio de barco, tem uma caverna ha uma hora e meia rio abaixo chamado Pak Ou Cave, um ponto de peregrinação que tem varias estatuas de budas pois os pescadores passavam por la e sempre deixavam.
Passeando pela cidade, passamos por dois templos bem legais. Um deles é o Wat Xieng Thong. Às margens do Mekong, em sua confluência com rio Khan, o templo foi construído em 1560 e é um dos mais belos da cidade, com decoração em ouro e belíssimos vitrais. O jardim com palmeiras e hibiscos ocupa espaço entre as vários capelas, uma delas abrigando um raro Buda reclinado em bronze.
Outro é o Wat Wisunalat, um dos mais de 30 templos budistas de Luang Prabang. Esse é o mais antigo em funcionamento existente na cidade. Erguido durante o reinado do Rei Visounnarath, entre 1512 e 1515, o local é um dos mais significativos para adoração e também para a realização de festividades da comunidade budista. Quem visita o Wat Wisunalat (ou Visoun, como é chamado) mal pode imaginar que no passado a construção foi atingida por um grave incêndio, evento que acabou comprometendo a bela estrutura de madeira entalhada que existia no local. Restaurado em 1898, no entanto, o templo guarda mais de 120 artefatos religiosos importantes – vários deles em seu prédio principal, onde está uma estátua gigante de Buda, além de várias outras menores, datadas do século XVI.
Me hospedei no incrível Hotel Amantaka, da rede Aman que preza pela tranquilidade, extremo bom gosto e muito conforto. Construído em 1920 como um hospital, recentemente se tornou um Hotel. Como disse anteriormente, nada pode ser destruído e por isso toda a estrutura do Hospital está lá.
Uma curiosidade sobre esse hotel é que ele foi considerado um dos hotéis mais mal assombrados (ainda bem que só descobri isso depois de ter dormido… kkkk) afinal muitos doentes passaram por lá. Já imaginou? Mas o que vi por lá foi somente um Hotel incrível, muito lindo, com um SPA maravilhoso!!!!
E aqui termina nosso post sobre Luang Prabang e minha viagem termina com uma benção especial do Príncipe de Laos chamado Nithakhong Somsanith. Ele nos deu uma benção muito emocionante onde lagrimas caíram pelo meu rosto! Que demais! Como é bom sentir essa energia tão única que somente a cidade de Luang Prabang pode nos proporcionar.
Quando ir a Luang Prabang
A alta temporada vai de final de novembro a abril durante o período mais seco do ano e de calor não muito intenso. Entre abril e maio o calor começa a ficar mais forte chegando a atingir facilmente 40 graus! Só não é recomendado viajar entre os meses de junho a outubro pois é o período de chuva e com ela vem as enchente com temperaturas em torno dos 30 graus.
O que levar para Luang Prabang:
Em Luang Prabang voce irá visitar vários templos que são lugares muito sagrados. Lembre que para visita-los é proibido entrar calçado, usando camisa sem manga, shorts, saias acima do joelho e blusas sem manga, decotadas. Uma solução para os que vão desprevenidos são os sarongues, pedaços de tecidos que cobrem a parte inferior do tronco e podem ser removidos logo após a visita.
Documentos e Vistos
O Visto para para o Laos é muito fácil e não precisa se preocupar. Ele é tirado na chegada, no aeroporto. É necessário somente o pagamento de uma taxa (que muda de acordo com a nacionalidade de cada um) e uma foto (mas se não quiser levar é possível tirar na hora com uma pequena cobrança).