O Arquipélago de Galápagos fica no Oceano Pacífico a aproximadamente 1000 km a oeste da costa do Equador e é composto de 12 ilhas principais e várias pequenas ilhas. Somente quatro dessas ilhas são habitadas: a Ilha de Santa Cruz (com cerca de 12 mil habitantes), a Ilha Isabela (com cerca de 8 mil habitantes), a Ilha de São Cristóvão (com 4 mil habitantes) e a Ilha Floreana (com cerca de 150 habitantes).
Foi neste arquipélago que o famoso naturalista Charles Darwin morou a bordo do navio HMS Beagle em 1835.
ILHA DE SÃO CRISTÓVÃO
Começamos nossa viagem na Ilha de São Cristóvão (San Cristobal). Considerada como a ilha mais antiga da região e a segunda maior com 558 km². Seu principal centro urbano é Puerto Baquerizo Moreno, capital de Galápagos. Aqui, a pesca é a principal atividade econômica.
O que atrai a atenção nesta cidade é a quantidade de leões marinhos que disputam um lugar com com os habitantes e até com os turistas. Seja na praia, no porto, em cima dos barcos ou até mesmo no banco da praça! É bizarro! Pena que o cheiro é muito forte! Kkkk
PASSEIO DE CAIAQUE
Logo no primeiro dia, fizemos um passeio de caiaque pelo mar. Foi divertidíssimo! Fomos beirando a costa o que nos deu a chance de vermos muitos pássaros e outros animais da região.
ROCHA KICKER
Fomos visitar de barco a Rocha León Dormido ou também conhecida como Kicker Rock. Uma rocha que fica a 140 metros acima do nível do mar formada por restos de lava. A rocha está dividida em duas partes separadas por um canal estreito e profundo. A vida marinha aqui é impressionante.
MERGULHO NA ROCHA KICKER
Por ser um dos principais lugares de mergulho em Galápagos, lógico que pulamos na água! A Rocha Kicker é ainda mais bonita em baixo da água! Vimos varias quantidades de peixes, tartarugas marinhas, arraias maravilhosas e até tubarão!!!! Incrível a transparência da água!!!
PUNTA CAROLA
Depois de visitarmos o centro de interpretação, que é bem interessante, caminhamos até Punta Carola. Dizem que aqui ha ondas gigantes mas nós só vimos uma calmaria maravilhosa. Entramos na água e mergulhamos com snorkel. Na hora da saída, a correnteza estava forte e algumas crianças acabaram se arranhando.
PUERTO BAQUERIZO MORENO
Na volta para o Hotel, nos deparamos com este por do sol maravilhoso com o pequeno povoado de Puerto Baquerizo Moreno atrás. O nome é uma homenagem ao ex-presidente equatoriano Alfredo Baquerizo Moreno (1859–1951).
ILHA ISABELLA
No dia seguinte, pegamos um aviãozinho bem pequeno (e como era pequeno…), e voamos para Ilha Isabella. Ela foi nomeada em homenagem a rainha Isabel, esposa de Fernando Rei da Espanha, que patrocinaram a viagem de Colombo à Galápagos. Ela é a maior ilha do arquipélago com 4.640 km² e uma das mais novas de toda a região (formada há aproximadamente 700 mil anos). Sua maior cidade é Puerto Villamil localizado na ponta do sudeste da ilha. Seu ponto mais elevado é vulcão do lobo com uma altura de 1.707 metros.
Colonizada em 1897 por Antonio Gil, a ilha serviu de base militar norte-americana durante a Segunda Guerra Mundial e também como Colônia penal. O centro urbano de Isabela, também conhecida como Albemarte, está em Puerto Villamil.
MERGULHO TINTORERA
Fomos mergulhar em um lugar chamado Tintoreras. Incrível a quantidade de leões marinhos nadando com você! E como eles não tem medo, acabam chegando bem perto para ver do que se trata e desvia quando chegam bem na ponta do seu nariz!!! Kkkkkk… a gente chega a congelar de medo! Tudo isso, somente com o snorkel.
Ali do lado estavam eles, os pinguins!!! Sim, existe pinguim no Equador e eles sobrevivem graças a uma corrente fria que passa pelo arquipélago. Incrível!!!
Mas o que mais me chamou a atenção foram os atobás de patas azuis. Esse pássaro é simplesmente único!!! Uma espécie de ave do Pacífico americano onde mais da metade vive nas Ilhas Galápagos. O Atobá de pata azul tem aproximadamente 90cm e pesa entre 1,5 a 2 kg, sendo as fêmeas maiores que os machos. Essas patas azuis são muito uteis para os machos pois são elas que acabam impressionando a femea para o acasalamento. Quanto mais azuis forem as patas, mais atraentes são para as fêmeas (isso não é efeito…).
SIERRA NEGRA
A ilha Isabela tem cinco vulcões: Sierra Negra, Cerro Azul, Alcedo, Darwin e Wolf. Seu ponto mais elevado é vulcão do Lobo com uma altura de 1.707 medidores. Mas o que fomos visitar foi o Sierra Negra.
Depois de uma hora em um pau de arara em estrada de terra, chegamos na base do vulcão. Mas a aventura só começou… ainda tinha mais uma hora e meia de caminhada até a cratera. Não foi muito fácil, mas a recompensa é grande quando chegamos lá em cima e vemos aquela cratera perfeita e sem fim!!!
O vulcão Sierra Negra tem mais de 10 km de diâmetro, e é impossível conseguir tirar uma foto da boca inteira do vulcão. Ele é o segundo maior vulcão ativo do mundo e sua ultima erupção foi em 2005.
BIKE PARA MURO DAS LAGRIMAS
A tarde, lá fomos nós fazer a trilha de bicicleta até o Muro de Las Lagrimas (muro das lagrimas) dentro do Parque Nacional Galápagos. O muro são ruínas de uma colônia penal construída com blocos de lava vulcânica e que funcionou na ilha entre 1946 e 1959. A obra tem 100 metros de comprimento, sete de altura, e foi erguida, pelos próprios presidiários, em uma área que serviu de zona militar norte-americana, durante a Segunda Guerra Mundial.
No caminho passamos por varias tartarugas gigantes e muitas iguanas… muito legal!
ILHA DE SANTA CRUZ
No dia seguinte, partimos para Ilha de Santa Cruz de barco (achei muito tempo dentro de um barco que não tinha quase nenhuma infra estrutura).
A ilha tem uma área de 986 km² e sua altitude máxima é de 864 metros. Ela abriga a maior população humana do arquipélago, na cidade de Puerto Ayora. Lá tem algumas lojinhas que vendem varias lembrancinhas do lugar. Por lá, os bichos estão por toda parte tambem e até para passar pela porta do hotel, ou entrar na piscina, é preciso pedir permissão para o leão marinho! Kkkk
RANCHO LAS PRIMÍCIAS
Fomos visitar o Rancho Las Primícias, uma propriedade privada onde vivem grandes populações de tartarugas-gigantes em seu habitat natural. Primeiro vestimos botas de borracha (havia chovido muito) e então partimos a procura delas. É muito legal andar por entre elas e poder chegar bem pertinho. São realmente gigantescas, impressionante. Vale muito a pena conhecer!
TÚNEL DE LAVA
Depois partimos em direção aos tuneis de Lava. Como as ilhas de Galápagos são de origem vulcânica (inclusive existem inúmeros vulcões ativos no local), esses túneis se formaram após as erupções, depois que um rio de lava passa por eles e os deixa vazios. O túnel que fomos era bem úmido e cheio de goteiras. Em alguns lugares, tínhamos que abaixar e engatinhar para conseguir chegar do outro lado.
ESTACÃO PESQUISA CHARLES DARWIN
No dia seguinte, fomos visitar a Estação de Pesquisa Charles Darwin, um centro de pesquisa e preservação das tartarugas, localizada no centro de Puerto Ayora. Lá as tartarugas vivem em cercados e não é possível se aproximar delas. Depois de cuidadas, elas são reintroduzidas em seu habitat natural.
Era lá que estava o Solitário George (Lonsome George), a tartaruga-gigante da Ilha de Pinta que virou símbolo de conservação de Galápagos (ultimo da espécie de casco reto). Ele morreu com 100 anos, alguns meses depois que o vimos.
TORTUGA BAY
A tarde, fomos de barco até Tortuga Bay, principal praia da ilha de Santa Cruz. Lá é onde vivem as iguanas. São tantas, que assim que as vi achei que eram pedras… kkkk… depois vi que eram iguanas. A praia tem areia branquinha e água transparente! Muito linda!!!
FRAGATAS
Um dos pássaros que me chamou bastante atenção em Galápagos, foi a fragata!
As fragatas são aves que dificilmente caçam ou pescam. Quando precisam se alimentar patrulham o litoral em busca de alguma ave que tenha acabado de pegar uma presa. Perseguem essa ave incansavelmente até que ela desista e é saqueada em pleno ar. Por esse motivo receberam o nome de piratas-do-mar.
A fragata pode chegar a medir entre 0,89 e 1,44 metros. Tem de envergadura entre 2,17 e 2,44 metros. É muito leve, pesando apenas 1,1-1,6 quilos. A envergadura das asas e o leve peso, permitem à fragata planar no ar durante horas.
O peito vermelho é sempre do macho que o incha para o acasalamento. Apesar de serem aves marinhas, as fragatas têm penas permeáveis e não aterram na água.
HOTÉIS
Nunca fiz um cruzeiro em Galápagos, mas sei que há incríveis! Talvez valesse mais a pena fazer Galápagos por mar pois a hotelaria deixa a desejar, a infra estrutura ainda é muito fraca. Solicitei o melhor em cada destino dentro da cidade, mas mesmo esses a infra é pequena, onde até para escovar os dentes é preciso usar água mineral. Quando eu voltar para Galápagos (e eu hei de voltar)0, farei um cruzeiro!
COMO CHEGAR
As Ilhas Galápagos estão situadas a 1000 quilômetros do litoral do Equador. Existem 2 aeroportos; um numa pequena ilha chamada Baltra, colada na Ilha de Santa Cruz, e outro na Ilha de São Cristóvão.
Não há voos diretos entre o aeroporto internacional de Quito e o Brasil. As opções aéreas são conexões via Panamá com a Copa, Lima com a Taca ou Bogotá com a Avianca.
QUANDO IR
Galápagos pode ser visitado em qualquer época do ano. O que vai definir quando ir são as condições climáticas e a paisagem que deseja encontrar.
Vou descreve-las aqui para que você possa escolher.
As duas estações marcantes em Galápagos são o verão e o inverno.
O verão (de dezembro a junho) é bastante quente, com temperaturas em torno de 30 graus e muito úmido, podendo ter chuvas diárias, porém passageiras, predominando os dias ensolarados. Nesta época do ano o mar está mais calmo. O período ideal para fazer passeios.
Quando as chuvas começam a se dissipar (em março e abril) várias plantas começam a florir e as ilhas são tomadas por cores diferentes.
O inverno (de junho a novembro) traz ventos gelados, geralmente acompanhados de uma leve garoa. A média de temperatura fica na casa dos 24 graus durante o dia, com a temperatura baixando com a chegada da noite.
Para os mergulhadores, essa é a melhor época pois é quando é possível observar melhor as espécies marinhas pois chega a Corrente de Humboldt, trazendo nutrientes e plâncton. Junto com ela vem as águas frias do fundo do oceano para a superfície. A fartura de peixes, que chegam à região para esse evento, é aproveitada pelas aves marítimas, que sincronizam seu período de reprodução com esse período para alimentar seus filhotes que esperam famintos nas ilhas. É a melhor época para se observar a vida marinha, mas você deverá enfrentar o mar gelado para alcançar o seu objetivo.
A alta temporada é entre meio de junho e começo de setembro e de meio de dezembro até meio de janeiro, isso por que é ferias nos Estados Unidos e na Europa, regiões de origem da maioria dos turistas que visitam Galápagos. Apesar de ficar mais cheio nestas épocas do ano, o Parque Nacional Galápagos limita o número de turistas que podem visitar cada ilha, ou seja, Galápagos nunca fica lotado de pessoas.