Jalapão

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09 agosto 2021
waterfall MVSFRXL
Cachoeira Por twenty20photos

Alguém de vocês já ouviu falar no Jalapão?

Pois bem…no quesito destino de férias o Jalapão é considerado a última bolacha do pacote por muita gente.

Com isso nada melhor do que ir conhecer esse destino de pertinho e trazer para vocês todas as minhas experiências e dicas.

E foi o que eu fiz!

Anotem tudo. A viagem foi espetacular!!!




Palmas / Passeio Flutuante

Nossa primeira parada foi em Palmas.

Com projeto do arquiteto mundialmente famoso Oscar Niemeyer Palmas, capital do Tocantins, foi projetada em 1980 é inaugurada em 1989.

Palmas está localizada no coração do Brasil e é a porta de entrada para muitos atrativos naturais, como o Jalapão.

Mas prepare-se! Por aqui em qualquer época do ano as temperaturas médias giram em torno torno dos 27 graus, chegando a picos de 40 graus!

Mas a cidade oferece praias de água doce para refrescar os visitantes.

E foi pensando nesse calor e nessa represa de Palmas que nossos primos que moram por aqui nos convidaram para passar o dia em um Flutuante!

O escolhido foi o Flutuante Du Chef! @flutuanteduchef. Foi muito especial pois além do passeio o tour foi gastronômico.

Divertidíssimo!

Além de conhecer essa represa incrível, comemos extremamente bem! Para completar o passeio, o pôr do sol veio nos presentear! Que espetáculo!!!!

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Ponta Alta – Cânion da Sussuapara

A principal porta de entrada para o Jalapão é a cidade de Ponta Alta do Tocantins a 152 km de Palmas.
O nome da cidade se refere a uma árvore caída à beira do rio, que é usada como ponte para pedestres.
O município também tem ótimas cachoeiras (fora da área do parque) e dá para chegar a quase todas em carros comuns.

Nossa primeira parada em terras tocantinenses foi para conhecer o Cânion de Sussuapara.
Ele fica apenas 12 km de estrada de terra de Ponte Alta e é definitivamente uma parada obrigatória.

Encontramos um verdadeiro oásis, escondido em meio ao cerrado onde a água cai por fendas estreitas, localizadas entre paredes úmidas com cerca de 12 m de altura, como um pequeno desfiladeiro coberto por muitas samambaias, musgo e vegetação típica.

No acesso ao cânion, fizemos uma caminhada curta dentro de água e sobre pedras.

Quem vê o Cânion do Sussuapara hoje não pode imaginar que toda a grande área cercada por paredes tenha sido coberta por água um dia.

Dizem os moradores mais antigos que no fundo do cânion existe uma pequena cascata conhecida como cascata do segredo e que você deve revelar um segredo.

Alguém que esteve por aqui revelou o seu segredo???

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Jalapão

E finalmente pisamos no tão sonhado Jalapão🌟💫!
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Aqui a terra é constante e o asfalto ficou em Ponte Alta.

A região possui cerca de 34 mil km². É terra que não acaba mais!  É impressionante até onde seus olhos podem ver. O horizonte é infinito!

Apesar descer extremamente árida, reúne algumas das paisagens mais deslumbrantes do Brasil.

O Jalapão é “bruto” como definem os locais. É conhecido como o “deserto das águas“ do cerrado brasileiro! Um bálsamo esculpido no cerrado brasileiro que interage com dois incríveis ecossistemas: a caatinga nordestina e a floresta amazônica.

Passeando por aqui você irá encontrar dunas, chapadões, fervedouros, lindas cachoeiras, rios e impressionantes formações de rocha vermelha.
Tive a sorte de poder sobrevoar o Jalapão e escolhi aqui algumas das fotos incríveis que tirei!
Pra mim uma beleza que merece ser vista de todos os ângulos sem dúvida alguma!

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Mateiros / Fervedouro do Soninho /Korubo

O terceiro dia foi uma expedição e tanto!

Para começar são 3 horas de “caminhão” em estrada de terra e areão para conseguir chegar em Mateiros onde estavam planejados os nossos passeios. Na região visitamos 2 Fervedouros e uma cachoeira.

Nossa primeira parada foi para conhecer o Fervedouro do Soninho /Korubo. Com certeza uma dos maiores atrações do Jalapão são os fervedouros.

Trata-se de nascentes de rios subterrâneos que, geralmente, não têm espaço para vazão da água e, por isso, formam uma espécie de piscina natural. A pressão exercida pela água que jorra do lençol freático permite que as pessoas fiquem flutuando o tempo todo. O fervedouro do Soninho é uma exclusividade do acampamento Korubo e fica aproximadamente a 75 km em estrada de terra. Por ser exclusivo, pudemos ficar horas boiando no Fervedouro. Só por isso ja valeu muito a pena ficar no Korubo.No fim da semana, falarei um pouco mais sobre esse Camp.

Anotei tudinho para passar para vocês! Kkkkk!!! Agora vamos as fotos desse fervedouro que é um lugar deslumbrante!

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Mateiros/ Fervedouro do Ceiça

Hoje foi dia dos fervedouros e esse foi o segundo que visitamos.

Desta vez o contemplado foi o Fervedouro do Ceiça.

Esse ja é bem mais comercial e seu tempo de estadia é limitado e pode-se enfrentar uma fila de horas.

Só pode entrar de 6 em 6 pessoas e ficar por 15 minutos.

Ele fica em uma propriedade particular (Sr Ceiça – de Conceição – um nativo bem humorado e que se diverte com a visita dos turistas em sua propriedade).

O fervedouro fica dentro das terras da Comunidade Quilombola Mumbuca!

O lugar é bem bonito e cercado por bananeiras o que garantem um visual incrível!
O contraste do verde das plantas com o azul da água é simplesmente inesquecível.

É super recomendado levar máscara de mergulho e câmera fotográfica subaquática para registrar o interior do visual do fervedouro. A máquina eu concordo super, mas a máscara… não achei tão necessário.

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Mateiros / Cachoeira da Formiga

Escolhemos para terminar o nosso segundo dia de passeios pelo Jalapão e visitar a cachoeira da Formiga., ja estávamos na redondeza de Mateiros.

São 15 km de estrada de terra até lá (nada se comparado a quanto viajamos para chegar até a região… kkkkk).

A cachoeira da Formiga é linda. E apesar da queda ser pequena, a vazão é impressionante. Ficar em baixo da queda é uma delicia!!!!

A cor verde esmeralda da água era translúcida, o que nos permitiu com a a máscara de mergulho ver o fundo com areia calaçaria.

A boa notícia? A água não é congelante, o que é ótimo para amenizar o calor do escaldante Jalapão. Dá para ficar um tempão se divertindo e se refrescando naquela agua transparente.

Um lugar imperdível!

Finalzinho do dia e bora sacolejar por mais 3 hora até chegar no Camp.

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Caiaque no Rio Novo

Resolvemos dar uma tregua para aquele pó das estradas de terra e passamos a manhã admirando o Rio Novo, onde fica o Korubo.

Mas isso não quer dizer que não houve aventura!!!

Após o delicioso café da manhã, nos foram dadas as devidas instruções sobre o uso e a prática da Canoagem.

Pronto, entramos cada um em um caiaque e nos deixamos ser levados pela correnteza.

Foi um trajeto de 5 km com aproximadamente 1 hora e meia em nível fácil!

A paisagem era incrivel. No meio daquele cerrado todo havia uma “floresta” a beira da agua. Ali é onde se encontrava o capim dourado. A epoca de colheita é setembro e por isso ele ainda estava verde.

O rio Novo é um dos últimos rios de água potável do mundo. Seu fundo de areia branquinha forma belíssimas praias de águas puras e cristalinas.

Apesar de ser nível 1 tivemos sim um toque de aventura e emoção nas corredeiras! Duas pessoas viraram no rio e no fim foi divertidissimo.
Chegou um momento que paramos em uma faixa de areia no meio do Rio para bebermos água.

A farra foi constante durante essa uma hora e meia de trajeto. Como estávamos em um grupo de amigos, voces podem imaginar como nos divertimos né? Uns se jogaram na água, outros jogaram água no amigo, outros ficaram de pé no caiaque e assim seguimos até o fim.

Passar essa manhã sem pegar estrada de terra fez total diferença para renovarmos as forças para o passeio do pôr do sol.

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Passeio Dunas

Depois de muita canoagem pela manhã, voltamos a estrada de terra. Dessa vez nosso destino foram as dunas do Jalapão que talvez tenha sido o passeio mais esperado por nós.

O trajeto até lá durou 1h40.

A cor dourada que emana das Dunas do Jalapão em meio ao cerrado cercadas por imensos chapadões, veredas e lagoas, formando um visual surreal transformam o lugar em verdadeiro cenário de filmes.

As dunas existentes por ali, cresceram sob efeito da erosão da Serra do Espírito Santo.

A trilha até o chegar nas dunas é bem tranquila… o difícil (porém não muito) é subir até o topo das dunas para ver o por do sol. 😂
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O que mais me impressionou foi a cor da areia que se modifica durante o dia todo conforme o sol se movimenta, assim como a cor da chapada do Espirito Santo.

E o que não faltou foram milhares de poses até achar a foto perfeita! 🤳📸
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Depois de termos visto “aquele” pôr do sol, que acompanhamos minuto a minuto, hora de partir!

Mas assim que olhamos para trás, tivemos uma outra surpresa ainda mais incrível: o nascer da lua cheia por trás da chapada. 🌜

Meu Deus… que espetáculo da natureza foi aquele???? 😱😱😱
O guardinha estava fazendo de tudo para tirar as pessoas das dunas pois já havia dado o tempo, mas era impossível deixar de admirar aquele presente.

Uma pena que a foto não consegue mostrar exatamente o que vimos, mas deixei tudo bem guardadinho aqui na minha memória.

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Cachoeira da Velha

E chegou nosso ultimo dia no Parque Nacional do Jalapão!

Um dia com muita estrada de terra mas que valeu muito a pena.

Acordamos cedo e seguimos por 3 horas até chegar na Cachoeira Velha.

Com suas imponentes quedas em forma de ferradura a Cachoeira da Velha é a maior do Jalapão com 100 metros de largura e aproximadamente 20 metros de queda.

Dizem que o nome da cachoeira se dá pela história de uma senhora que vivia nas proximidades da cachoeira e que dizia que aquela cachoeira era somente dela.

A potência dessa queda d’água é um espetáculo grandioso para quem assiste! A cachoeira recebe as águas do Rio Novo.

São duas quedas! E o destaque fica por conta da árvore que cresce em meio à cachoeira, no paredão que separa as duas quedas.

Para chegar perto da cachoeira, foi construída uma passarela com observatório.
É impressionante a quantidade de agua que cai!

Há a opção de fazer um rafting nível 4 (maior nível de rafting comercial é 5). Algumas pessoas do grupo fizeram e AMARAM. Eu infelizmente não fiz, mas me arrependi muito! Kkkkk
O rafting começa logo após a grande queda d’agua e vai até uma prainha linda.

Eu fiquei ali na prainha esperando eles chegarem para filmar!!!!
E QUE prainha!
Cenário esse que já apareceu até no filme “Deus é Brasileiro”.

A “Prainha” como é conhecida é um local super agradável onde você pode escolher uma sombrinha e descansar ou simplesmente ficar dentro da agua gelada esfriando o corpo.

Vá de chinelo. As areias estavam pegando fogo!

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Ponte Alta / Pedra Furada

Chegou o nosso último dia e fechamos com chave de ouro!!!

Estamos de volta em Ponte Alta!

Agora sem tanta estrada de terra para ser percorrida com o “caminhão”.

Primeiro lugar que visitamos foi a Pedra Furada.

A Pedra Furada está localizada a 35 quilômetros do centro da cidade (metade de asfalto e metade de terra).

Aqui vemos uma pilha de enormes blocos de arenito esculpidos pelo vento há milhões de anos atrás onde é possível observar paisagens incríveis através dos buracos. Dizem que o por do sol é maravilhoso mas isso não posso confirmar pois fomos durante a manhã. Acho que vou ter que voltar para presenciar isso, né?

No topo da Pedra Furada, você pode ver o Morro Solto, uma parede circular rochosa, perdido no meio do nada.

Foi dificílimo abandonar aquela pedra com tantas “janelas” maravilhosas.

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Lagoa do Japonês

Lá vamos nós para nosso ultimo ponto turístico dessa viagem:

Pense em um tesouro escondido no meio do Tocantins e que tem despertado a curiosidade de muitos viajantes. É isso que vimos nesse dia!!!!

Com formações rochosas que lembram a Tailândia, a Lagoa do Japonês é uma verdadeira imersão a natureza.

A transparência da água e a quantidade de peixinhos impressiona qualquer um.

Por aqui também há uma gruta que esconde belezas incríveis.
Nós fomos entrando, com a lanterna do celular em mãos. Deu um friozinho na barriga de medo… kkkk
Mas a beleza que vimos valeu muitíssimo a pena.

Cheguei a conclusão que a lagoa do Japonês é um oásis no meio do cerrado.

Aqui tambem tem uma tiroleza super bacana que atravessa a lagoa de ponta a ponta! Super divertido!!!
E assim fechamos os passeios com chave de ouro!!!!

Vou deixar aqui uma dica importantíssima: LEVEM SAPATO DE AGUA! As pedras são super pontiagudas.

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Safari Camp Korubo

Durante a minha pesquisa sobre onde me hospedar no Jalapão, encontrei o acampamento Korubo e me apaixonei imediatamente pela proposta.

Funciona como uma espécie de safári e foi totalmente baseado nos camps africanos.

São 17 tendas fixas de hospedagens(montadas sobre plataformas de madeira), com cama, sanitário e pia dentro da barraca. Aqui não existe energia elétrica nas tendas, apenas no refeitório e durante o dia. A noite, desligam o gerador e o que sobra é uma pequena luzinha de led nas tendas e sinalizadores para chegar até a sua barraca.

Os chuveiros são compartilhados (masculino e feminino separados) e construídos em alvenaria na área externa.

E prepare-se pois não há ar condicionado. Nessa época do ano, não sentimos falta de ar condicionado pois a noite esfriava bastante. Até com cobertores nós dormimos.

No quesito alimentação, o cardápio me surpreendeu muito!!!! A comida era bem variada, caseira e bem gostosa.

Apesar de toda a rusticidade, existe sim conforto. A cama era uma delicia e o chuveiro era bom (só um dia a água quente não chegou até o fim).

E atenção : aqui não existe sinal de celular. A brincadeira a noite é ficar em volta da fogueira jogando conversa fora e bebendo um bom vinho.

Vale lembrar que estávamos em 30 amigos no Camp, ou seja, não havia ninguém de fora e isso fez com que a viagem fosse ainda mais especial pois estávamos dividindo aquela mesa única e o banheiro de chuveiro somente com pessoas conhecidas… aí fica fácil, né?

Obrigada @safarinojalapao por todo carinho conosco♥️🙌. Experiência INCRÍVEL!

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Fotos: Arquivo Paula Maluf





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